domingo, 15 de agosto de 2010

MÁRCIA DUARTE

Sorte ou Azar - foto Thiago Sabino
SÍNTESE CURRICULAR
Diretora, Coreógrafa e professora, Márcia Duarte iniciou sua carreira profissional em 1978, no Rio de Janeiro, com ZdenecK Hampl, tcheco radicado no Brasil. 
Em 1980 cria, juntamente com Luiz Mendonça, o grupo EnDança, atuando como dançarina, coreógrafa, assistente de direção e coordenadora durante quatorze anos. Esse trabalho consolidou o EnDança como um dos grupos mais expressivos no contexto dança contemporânea brasileira de sua época, com êxito internacional. 
Participou ainda como atriz em montagens teatrais dirigidas por Hugo Rodas em O Jardim das Cerejeiras; Fernando Villar em Medeações; e  Guilherme Reis em Pedro e o Lobo. Coordenou o Núcleo de Dança da UnB e é professora do Instituto de Artes da Universidade de Brasília. 
Em 1987 recebeu prêmio como coreógrafa em mostra nacional promovida pela RIO ARTE. Suas criações foram apresentadas pelo Endança no México, Venezuela, Espanha, Colômbia e Estados Unidos, onde recebeu crítica elogiosa no New York Times em espetáculo que reunia obras dos três coreógrafos da companhia. 
No Brasil teve seu trabalho reconhecido e em 1992 apresentou-se no Carlton Dance Festival, ao lado de grupos como o Lalala Human Steps, Groupe Emile Dubois, Mark Morris Dance Group, The Paul Taylor Dance Company e Garth Fagan Dance. 
Participou do Internationales Summer Theater Festival, Hamburg e Colônia (1992), Festival IberoAmericano de Teatro de Cádiz, com extensão em Madrid (1993), Premio Roma per la Danza (1994) e foi selecionada para o Projeto Skite, realizado em Lisboa (1994), um laboratório de criação que reuniu destacados coreógrafos e intérpretes de diferentes países, entre eles: Hervé Robbe, Alain Platel, Mark Tompkins, Irene Hultman, Vera Mantero, João Fiadeiro, Angels Margarit e Meg Stuart. 
Em 1995 cria sua própria companhia e estréia Reta do Fim do Fim, obtendo indicação para o Prêmio Mambembe de coreografia e para o Prêmio de Cultura do DF. O espetáculo se apresentou no Brasil, Estados Unidos, Uruguai, Equador e Cuba, onde recebeu o Prêmio Villanueva como melhor espetáculo estrangeiro apresentado em 1997. A seguir apresenta Movimentos do Desejo, também indicado para o Prêmio de Cultura do DF. Este espetáculo cumpriu temporadas em Brasília, São Paulo, Rio (onde participou da mostra DANÇA BRASIL, realizado pelo CCBB) e em mostra internacional realizada em Bogotá e Barranquilla, na Colômbia. 
Em 1998 integra um seleto grupo de coreógrafos convidados pelo jornal O Globo para discutir as novas tendências da dança no Brasil, dividindo a mesa com Rodrigo Pederneiras, Deborah Colker, Carlota Portela, Márcia Milhazes, Regina Miranda, Lia Rodrigues e Márika Gidali. 
Em 1999 Márcia Duarte é contemplada com a Bolsa Virtuose (MinC) e realiza projeto de residência em Nova York, no Movement Research, e em Montreal, no Departamento de Dança e Teatro da UQAM. 
No seu retorno é convidada pelo Núcleo de Dança Contemporânea BaSiraH a criar o espetáculo SEBASTIÃO, em co–autoria com Haward Sonenklar e Giselle Rodrigues. O espetáculo estreou em 2000 com excelente repercussão. Reapresentou-se em 2001, integrando a programação da exposição ÊXODOS, do fotógrafo Sebastião Salgado. Participou ainda de eventos em Porto Alegre, Fortaleza, Londrina e Curitiba, considerado um dos melhores trabalhos do Festival Internacional de Curitiba – Fringe. 
Desde 2001 vem se aprofundando em sua pesquisa e criação artística, concluindo projeto de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação da UFBA, que deu origem a SÉRIE TOUROSmerecendo elogios pelos trabalhos Olhos de Touro (2002) e De Touros e Homens (2003). 
Em 2005, inicia seu projeto de estudos de doutorado com a perspectiva de realização de mais duas criações: Jogos Temporários (2006) com a Cia Ilimitada do Balé do Teatro Castro Alves, apresentado em Salvador e cidades do interior da Bahia e Húmus (2006), obra resultado de sua investigação artística motivada por questões que vem permeando toda sua obra em busca de novas formas de expressão cênica, apresentada em sua primeira versão no Teatro Castro Alves Salvador, na última edição do Atelier de Coreógrafos Brasileiros Ano V. 
Nos anos subseqüentes dedica-se exclusivamente à redação de sua Tese de Doutorado, defendida na Bahia em março de 2009, e, após o regresso a Brasília, à continuidade dos trabalhos da Cia Márcia Duarte e das atividades como docente na Universidade de Brasília.  

CIA. MÁRCIA DUARTE
Depois de quinze anos de trabalhos com o grupo EnDança, que ganhou prestígio internacional, Márcia Duarte inicia sua carreira como coreógrafa independente com a criação de sua companhia em 1995. Seus espetáculos resultam de um intenso trabalho de pesquisa e experimentação e na cuidadosa elaboração dos diversos elementos que compõem cada obra, sejam eles técnicos ou artísticos, conferindo às montagens qualidades que a tem distinguido no universo da dança brasileira. 
Esses trabalhos contaram com a colaboração de alguns artistas: Márcia Lusalva, Guilherme Reis, Guilherme Bonfanti, Marcos Pedroso, André Abujamra, Ricardo Nakanmura, Dino Verdade, Dalton Camargos e Mila Petrillo.
Reta do Fim do Fim recebeu em 1996 a indicação para o Prêmio Mambembe (Funarte) e participou de importantes eventos no Brasil e no exterior: Mostra Cena Contemporânea, Brasília; Movimentos de Dança, São Paulo; Mostra Klauss Vianna, Belo Horizonte; Oficina Nacional de Dança Contemporânea, Salvador; Dance Center of Columbia College Festival, Chicago; Festival Internacional de Londrina; Festival de Inverno de Campina Grande, Paraíba; Porto Alegre em Cena e VIII Festival de Teatro de Havana, onde recebeu o Prêmio Villanueva, como um dos  melhores espetáculos estrangeiros apresentados em Cuba em 1997. Realizou ainda temporadas em Brasília, Rio de Janeiro, Montevidéu e Quito.
Reta do Fim do Fim
Em 1998, a companhia estréia o espetáculo Movimentos do Desejo, apresentado na mostra Contradança, em São Paulo. Após temporada em Brasília participa da Mostra Dança Brasil, no CCBB do Rio de Janeiro e de programação no Teatro do SESC Ipiranga, em São Paulo. Na Colômbia participa do Festival Internacional de Barranquilla e se apresenta no Teatro Colón, em Bogotá.
Movimentos do Desejo
Em 1999 Márcia Duarte realizou um projeto de estudos e intercâmbio durante 11 meses nas cidades de Nova York e Montreal. Ao retornar, participa, como coreógrafa convidada do Núcleo de Pesquisa Basirah da criação do espetáculo Sebastião, que distinguiu-se no repertório da companhia recebendo destaque no Festival de Curitiba, Festival de Londrina, Bienal de Dança do Ceará e Porto Alegre em Cena.
Sebastião - foto Mila Petrillo





A SÉRIE TOUROS, outra produção da Cia. Márcia Duarte, é composta por dois espetáculos: Olhos de Touro interpretado por Márcia Lusalva que estreou em dezembro de 2002, no Conjunto Cultural da Caixa, participando em 2003, na Mostra Cena Contemporânea no Centro Cultural Banco do Brasil (BSB), em 2004 nos eventos Porto Alegre em Cena e Riocenacontemporânea, e  em 2005  no Ateliê de Coreógrafos Brasileiros (SSA) e no Fora do Eixo, do SESC Ipiranga (SP). Em 2006, além de integrar a programação do Palco Giratório percorrendo 10 estados brasileiros em 40 apresentações., também participa do Festival Novadança e da Mostra XYZ na sala Martins Pena no Teatro Nacional em Brasilia. De Touros e Homens, criação que estreou em outubro de 2003 no Teatro Castro Alves em Salvador integrando a programação do Ateliê de Coreógrafos Brasileiros Ano II, participou da Mostra Cena Contemporânea em novembro de 2004 também em Brasília. 
Olhos de Touro - foto Camila Ribeiro
De Touros e Homens - foto Abdrea Viana
Em 2005, Márcia Duarte inicia seu projeto de estudos de doutorado com a perspectiva de realização de mais duas criações: Jogos Temporários (2006) com a Cia Ilimitada do Balé do Teatro Castro Alves, apresentado em Salvador e cidades do interior da Bahia e Húmus (2006), resultado de sua investigação artística motivada por questões que vem permeando toda sua obra em busca de novas formas de expressão cênica, apresentada em sua primeira versão no Teatro Castro Alves Salvador, na última edição do Atelier de Coreógrafos Brasileiros Ano V. 
Jogos Temporários - foto Cláudio Soares
Húmus - foto Andrea Viana
Seu espetáculo mais recente, Sorte ou Azar - Levante a Mão Quem Quer Brincar, foi montado na UnB em 2010 com o intuito de aplicar seus estudos pedagógicos de inclusão e do processo criativo do intérprete jogador. 
Sorte ou Azar - foto Raquel Pelicano

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